Beijos
Beijos?!
Várias são as formas de encerrar um assunto escrito, de dizer um adeus, um até mais ver, um até breve, um até sempre. Entre amigos, seja numa carta do correio tradicional, numa mensagem de correio electrónico ou numa mensagem SMS, faz-se, normalmente, com beijos ou abraços, dependendo em grande medida da personalidade, da empatia, do afecto e da confiança que se tem com a pessoa que está do lado de lá. Porque quase não acredito em amizades entre homens e mulheres dou comigo a analisar, confortavelmente, os significados dos vários motes de encerramento das mensagens que vou recebendo e enviando. Várias são as suas formas como diferentes são os seus significados.
Não há nada pior do que receber o convencional “beijos”. Beijos é muito menos que o plural de beijo. Beijos é aquilo que eu escrevo às minhas amigas com quem jamais iria para a cama. Essas são as amigas que nos aturam as mágoas, que nos levam a casa quando estamos bêbados, que nos tratam da desorganização natural e característica de machos. As amigas de quem, nos simplórios correios, nos despedimos com beijos são a coisa mais parecida que existe com o homem. Com elas podemos ter qualquer tipo de conversa sexual sem se gerar espécie alguma de empatia (Empatia sexual não é mais do que aquilo a que a maioria dos broncos chamam de química).
O Beijinho! O beijinho, ou existe entre duas pessoas no começo de uma relação que se pretende idílica, demonstrando carinho, respeito e afecto, ou aparece simplesmente para cumprir o seu papel de diminutivo. Eu não gosto de diminutivos sejam eles de que espécie forem. Quando o beijinho é apenas um diminutivo de beijo ele consegue ser ainda mais mordaz que o já descrito beijos. O beijinho e todas as variantes que muitas pessoas ousam empregar para conseguirem um exponencial do seu significado: Beijinho fofo; beijinho grande, o maior beijinho do mundo; beijinho com sabor a morango; etc, representa um “até podes dormir comigo mas é como irmãos”. Ora, dormir como irmãos é o pior que se pode fazer a um homem ou uma mulher.
O plural de beijinho está ligado a toda a espécie de fofozuras. À semelhança dos beijos ninguém vai para a cama com alguém a quem dá beijinhos. Beijinhos não cumpre outro papel que não seja o de diminutivo. Beijinhos representa fofinhos e fofinhos são os ursos de peluche, que servem apenas para adormecer espíritos mais irrequietos. “Inhos” são sempre coisas flácidas, coisas moles. Tirando os ovos, ninguém gosta de coisas moles. Os diminutivos são atentados à masculinidade de qualquer homem.
Beijocas. Trinta vezes pior que beijinhos! Beijocas significa: Estou completamente a marimbar-me para ti, para o que tu pensas ou para o que pensas que pensas. Beijocas dá-se a quem não conseguimos dar beijinhos. Beijocas aparece no fim das mensagens apenas para demarcar o seu final, mais nada. Não representam coisa alguma. São o vazio.
Neste emaranhado de beijos e abraços não há nada que chegue ao singelo beijo. Um beijo deixa sempre uma porta aberta para tudo. Por princípio é dado na boca, ao invés de todas as outras formas que são dadas na face. Os, por exemplo, beijinhos nem sequer se dão... ou dão-se, mas no ar, na atmosfera. Quem quiser que os apanhe!
Várias são as formas de encerrar um assunto escrito, de dizer um adeus, um até mais ver, um até breve, um até sempre. Entre amigos, seja numa carta do correio tradicional, numa mensagem de correio electrónico ou numa mensagem SMS, faz-se, normalmente, com beijos ou abraços, dependendo em grande medida da personalidade, da empatia, do afecto e da confiança que se tem com a pessoa que está do lado de lá. Porque quase não acredito em amizades entre homens e mulheres dou comigo a analisar, confortavelmente, os significados dos vários motes de encerramento das mensagens que vou recebendo e enviando. Várias são as suas formas como diferentes são os seus significados.
Não há nada pior do que receber o convencional “beijos”. Beijos é muito menos que o plural de beijo. Beijos é aquilo que eu escrevo às minhas amigas com quem jamais iria para a cama. Essas são as amigas que nos aturam as mágoas, que nos levam a casa quando estamos bêbados, que nos tratam da desorganização natural e característica de machos. As amigas de quem, nos simplórios correios, nos despedimos com beijos são a coisa mais parecida que existe com o homem. Com elas podemos ter qualquer tipo de conversa sexual sem se gerar espécie alguma de empatia (Empatia sexual não é mais do que aquilo a que a maioria dos broncos chamam de química).
O Beijinho! O beijinho, ou existe entre duas pessoas no começo de uma relação que se pretende idílica, demonstrando carinho, respeito e afecto, ou aparece simplesmente para cumprir o seu papel de diminutivo. Eu não gosto de diminutivos sejam eles de que espécie forem. Quando o beijinho é apenas um diminutivo de beijo ele consegue ser ainda mais mordaz que o já descrito beijos. O beijinho e todas as variantes que muitas pessoas ousam empregar para conseguirem um exponencial do seu significado: Beijinho fofo; beijinho grande, o maior beijinho do mundo; beijinho com sabor a morango; etc, representa um “até podes dormir comigo mas é como irmãos”. Ora, dormir como irmãos é o pior que se pode fazer a um homem ou uma mulher.
O plural de beijinho está ligado a toda a espécie de fofozuras. À semelhança dos beijos ninguém vai para a cama com alguém a quem dá beijinhos. Beijinhos não cumpre outro papel que não seja o de diminutivo. Beijinhos representa fofinhos e fofinhos são os ursos de peluche, que servem apenas para adormecer espíritos mais irrequietos. “Inhos” são sempre coisas flácidas, coisas moles. Tirando os ovos, ninguém gosta de coisas moles. Os diminutivos são atentados à masculinidade de qualquer homem.
Beijocas. Trinta vezes pior que beijinhos! Beijocas significa: Estou completamente a marimbar-me para ti, para o que tu pensas ou para o que pensas que pensas. Beijocas dá-se a quem não conseguimos dar beijinhos. Beijocas aparece no fim das mensagens apenas para demarcar o seu final, mais nada. Não representam coisa alguma. São o vazio.
Neste emaranhado de beijos e abraços não há nada que chegue ao singelo beijo. Um beijo deixa sempre uma porta aberta para tudo. Por princípio é dado na boca, ao invés de todas as outras formas que são dadas na face. Os, por exemplo, beijinhos nem sequer se dão... ou dão-se, mas no ar, na atmosfera. Quem quiser que os apanhe!
Bem, não termino esta reflexão com um beijo porque li algures que "quando desejamos muito alguma coisa, o Universo conspira a nosso favor" (Paulo Coelho). Assim, despeço-me com um Xi para todos vós.
2 Bocas:
Un baiser peut être tendre et calin mais aussi suave et erotique, voire même dangereux ou destructeur. Quelquesoit le nom ou surnom qu'on lui donne, il reste et restera toujours un contact entre deux êtres. Alors, pourquoi tant d'amertume dans ces lignes?
C'était casiment parfait, il ne manquait que les accents graves sur les "é".
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